24 de jul. de 2021

RESISTÊNCIA- Dia da Mulher Afro Latina-americana e Afro-Caribenha

Dia da Mulher Negra 

dia da mulher negra

No dia 25 de Julho é celebrado o Dia da Mulher Afro Latina-Americana e Afro-Caribenha. Essa data foi marcada pelo primeiro encontro de mulheres negras latinas e caribenhas realizado na República Dominicana, que tinha como intuito unir forças e debater sobre melhores condições de vida. Aqui no Brasil, graças à lei de nº 12.987/2014, sancionada pela ex presidenta Dilma Rousseff, dia 25 também é Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.


Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, conhecida como “Rainha Tereza”, pois após o assassinato do seu marido José Piolho, ela não só liderou, como organizou o quilombo. Sua liderança foi marcada por desenvolver um parlamento próprio do quilombo, além de comandar a estrutura econômica e administrativa, mantendo um sistema de defesa de armamento. No quilombo residia não só negros fugidos, mas também indígenas. Por falta de documentos históricos da época (século 18), não se sabe ao certo o motivo da sua morte. Alguns dizem que ela suicidou-se após ser capturada por bandeirantes, pois preferia morrer a ser escrava, outros que morreu por adoecimento. 


Rainha Tereza, assim como tantas outras mulheres negras ao longo da história nos serve de inspiração e fortalecimento, pois suas histórias de luta por liberdade e igualdade de gênero e raça nos trouxeram até aqui. Infelizmente, mesmo após tantas lutas vencidas, e tantos espaços abertos, as mulheres não brancas ainda lutam diariamente por sua sobrevivência. De acordo com o Monitor da Violência, divulgado pelo site G1, 75% das mulheres que morreram no primeiro semestre do ano de 2020 por homicídio doloso ou feminicídio são mulheres negras. Em relação à educação, uma pesquisa feita pelo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) e divulgado pelo IBGE, a taxa de analfabetismo entre negros é quase três vezes maior que o números de brancos. 


É inegável que ainda colhemos os frutos da escravidão que só da munição para o racismo estrutural a qual vivemos. E mesmo com tantas dificuldades ainda encontradas, mulheres fortes como a Tereza Benguela, Dandara, Marielle, Elza Soares e tantas outras, temos a certeza de que mulheres negras, sejam latinas-americanas, sejam africanas, sejam caribenhas ou de qualquer outro lugar do mundo, nos mostram que sempre haverá força para lutar por igualdades- e liberdade. 


(fontes: Site Uol; G1; Biblioteca do Cecult (UFRB))


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